Edição: XIV - 2021
ID: 1406
Participantes:
Número de Registro: PE0600620/072
Campus: Sapucaia do Sul
Nível: Ensino Médio
Área: Ciências Humanas
Temática: Multidisciplinar
A presente pesquisa tem por objetivo investigar o Argumento Ontológico em favor da existência divina e a crítica que Kant endereça-lhe na Crítica da Razão Pura. A primeira formulação do Argumento Ontológico foi feita por Anselmo de Cantuária na obra Proslogion. O ponto de partida do argumento é a definição de Deus como “ser do qual não se pode pensar nada maior”, para concluir que este Ser deveria existir tanto no pensamento quanto na realidade, senão não seria o Ser do qual não se pode pensar nada maior. O interesse pelo tema surgiu ao perceber-se que a curiosidade sobre a existência de Deus esteve em toda a história da metafísica. A metodologia utilizada foi análise textual das traduções das obras dos filósofos, conciliada com a consulta e investigação da compreensão de comentadores. A hipótese que orientou essa investigação foi que a compreensão da refutação kantiana do argumento esclarece a nova compreensão da existência apresentada na sua obra magna. A recepção kantiana deste argumento assume de saída seu caráter a priori, ou seja, que o argumento opera unicamente com o conceito de um ser supremo e seus predicados necessários. A crítica kantiana ao argumento está intimamente ligada e é apresentada como consequência da proposta filosófica chamada idealismo transcendental e consiste basicamente em negar que a existência possa operar como um predicado igual a qualquer outro. Segundo Kant, a existência é um dos conceitos puros do entendimento, ou categorias, cuja função fundamental é operar sobre a multiplicidade da intuição, proporcionando realidade objetiva aos conceitos e constituindo o conhecimento. Assim, compreende-se que a existência não pode ser maximizada como outros predicados. O impacto e a relevância da crítica destruidora que Kant faz ao referido argumento ainda está por ser completamente avaliada, mas teve implicações e desdobramentos para toda a filosofia posterior.
Idealismo transcendental;Juízo analítico;Anselmo de Cantuária
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