As Áfricas no Rio Grande do Sul: Porto Alegre e os assentos de batismo dos escravizados (1797-1802)


Edição: XIV - 2021

ID: 1356

Participantes:

  • [BOLSISTA] - Lucas Corrêa da Silva | lucassilva.sg016@academico.ifsul.edu.br
  • [ORIENTADOR] - Valter Lenine Fernandes | valterfernandes@ifsul.edu.br

Número de Registro: PE06200620/098

Campus: Sapiranga

Nível: Ensino Médio

Área: Ciências Humanas

Temática: Multidisciplinar


Resumo

Esta pesquisa trata sobre a diáspora africana no espaço sul-rio-grandense durante o período colonial. Acaba que a memória e a História da população preta na América Meridional são questões latentes, implicadas por um processo de apagamento advindo das bases e efeitos do racismo, que é estruturante em nossa sociedade. Em vista disso, o objetivo deste trabalho é depreender os aspectos específicos da população escravizada de Porto Alegre entre o cabo do século XVIII e o início do XIX, considerando as conjecturas gerais da capitania do Rio Grande de São Pedro, aspectos como as origens, as famílias, as relações de compadrio e as identidades desse contingente populacional. Para tanto, além das fontes historiográficas, surgem os registros de batismo dos escravizados encontrados nos livros da matriz da freguesia de P. Alegre, a Igreja Nossa Senhora Madre de Deus, entre os anos de 1797 e 1802, os quais foram localizados no Family Search. A partir da extração, compilação e síntese de dados desses documentos, empreendeu-se uma análise que encontrou conexões entre as escalas geral e específica, famílias formadas somente pelas mães em 80% dos casos, compadres e comadres principalmente livres, o que explica-se pelas pequenas escravarias da região, propiciando as relações, uma maioria de escravizados nascidos na América e uma alta diversidade de termos étnico-raciais, tais quais Angola, Mina, Costa, Benguela, Congo, Robolo (Rebolo), Cabinda, preto, pardo, mulato, crioulo, cabra, entre outros. Termos como Angola, Benguela e Mina que descortinam a relação comercialmente mormente com o Rio de Janeiro, já que era lá onde esses africanos chegavam principalmente. Desse modo, captou-se satisfatoriamente uma fração das Áfricas em Porto Alegre, culminando na realização do objetivo traçado e em alguns passos na luta antirracista.

Palavras-chave

Registros batismais;Escravidão;Compadrio

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